quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bolsa: Aula 4 - Perfis de Risco, Análise Técnica e Análise Fundamental


Carrissimos investidores....


Hoje vamos abordar os três tópicos muito interessantes e que iniciam a abordagem mais profunda aos investimentos em bolsa.

Perfil de risco: identificar qual o risco que está disposto a correr, qual o tipo de investimentos a efectuar e delinear um plano de investimento para colocarmos todo o nosso foco nesse objectivo.

Análise Técnico e Análise Fundamental: São os dois tipos de análise existentes.Nos ambientes de discussão e opinião pode-se encontram grandes defensores tanto de uma como de outra porém, e na minha opinião, o óptimo será sempre juntar as melhores características das duas...

1. Perfil de Risco

1.1 - Introdução

Você é do tipo de condutor que gosta de dirigir a 100 km por hora, ou faz o estilo mais cuidadoso, sempre preocupado com os limites de velocidade?

Se você se define como mais cuidadoso, sabe que corre menos risco de acidente que aquele condutor mais apressado. Mas também sabe que isso não quer dizer que você está livre dos perigos do trânsito.

Este exemplo nos ajuda a entender como o risco faz parte das nossas vidas, por mais avessos e cautelosos que possamos ser.

O mesmo conceito pode ser usado nas aplicações financeiras. Risco é natural. O máximo que podemos fazer, assim como no trânsito, é reduzir a nossa exposição.

Os investimentos de alto risco podem ou não ser os de maior rentabilidade. O que você precisa é entender bem que riscos existem na aplicação que escolheu, seja ela qual for, e decidir: os ganhos compensam ou não a possibilidade de que nem tudo saia como o esperado.

Para responder esta pergunta é necessário que você aprenda um pouco mais sobre você e sobre o momento em que vive.


1.1 - Qual a finalidade do seu investimento?

ntes de escolher onde investir, é importante decidir como o capital investido será utilizado no futuro, pois essa decisão será determinante na hora de escolher o tipo de investimento. Por isso, tente listar seus objetivos e decidir o quanto será aplicado para atender a cada um. Caso existam mais objetivos que sua capacidade de poupança, tente eleger os mais importantes.

Os objetivos de investimento podem ser listados em termos mais específicos, como, por exemplo, "compra de uma casa", ou mais gerais, como, por exemplo, "formação de poupança para utilização futura". Porém, especificá-los melhor pode ajudar na hora de escolher o investimento mais adequado, principalmente se a cada um estiver associada uma estimativa de valor.


1.2 - Por quanto tempo a quantia que você investiu poderá permanecer aplicada?

A duração da aplicação é também um fator decisivo na hora de definir o investimento mais apropriado, pois o tempo que o valor ficará aplicado poderá influenciar na rentabilidade e até na tributação do mesmo. Portanto, além de especificar seus objetivos, associando a cada um deles o valor correspondente, é necessário estimar o tempo desejado para resgatar o investimento.


1.3 - Qual o seu perfil de risco?

Na hora de optar por um investimento tenha sempre em mente que, em regra, quanto maior a rentabilidade prometida, maior o risco de perder a quantia aplicada. Então, antes de escolher, compare a rentabilidade prometida com a média do mercado e desconfie de promessas boas demais, pois não existe milagre no mercado de capitais.

Além disso, quem escolhe correr riscos deve fazê-lo de forma consciente e estar preparado para que eventuais perdas não provoquem grandes danos. Por isto, evite aplicar a parte essencial do seu patrimônio em investimentos de alto risco.

Tendo isso em mente, descubra agora qual dos perfis abaixo melhor reflete sua propensão a riscos:

Perfil conservador

Privilegia a segurança e faz todo o possível para diminuir o risco de perdas, para isso aceitando até uma rentabilidade menor.

Podemos dizer que investimentos como Caderneta de PoupançaTítulos públicos e Fundos de Curto Prazo são mais compatíveis com investidores de perfil conservador.

Perfil moderado

Procura um equilíbrio entre segurança e rentabilidade e está disposto a correr um certo risco para que o seu dinheiro renda um pouco mais do que as aplicações mais seguras.

Alguns investimentos, tais como Fundos CambiaisFundos de Renda FixaAções e Debêntures, poderão ser considerados moderados ou arrojados dependendo, entre outros fatores, da política de investimento política de investimento que podem ser realizadas pelo gestor do fundo.

Perfil agressivo

Privilegia a rentabilidade e é capaz de correr grandes riscos para que seu investimento renda o máximo possível.

Os Fundos Multimercado são exemplos de investimento mais compatíveis com investidores de perfil agressivo, uma vez que há muita liberdade na composição de suas carteiras e mais exposição às oscilações de um determinado ativo, índice ou mercado.


Descobrir seu perfil pode ajudá-lo na escolha da aplicação mais adequada, desde que esta informação seja utilizada apenas como orientação (e não como verdade absoluta) e que sejam tomadas as precauções necessárias, antes e ao longo do investimento.


1.4 - Que tipos de precauções básicas você deve ter para escolher o melhor investimento para o seu perfil?

  1. Verificar se há registro do tipo de investimento que lhe interessou na CVM (Comissão de Valores Mobiliários);
  2. Ler atentamente o regulamento e/ou o prospecto do tipo de investimento que você seleciou;
  3. Informar-se sobre os custos incidentes sobre o investimento;
  4. Conhecer a estratégia do administrador do investimento e os riscos que você está assumindo; e
  5. Pesquisar a reputação das instituições envolvidas, entre outras precauções.


O mais importante é, antes de qualquer aplicação, verificar a solidez das instituições envolvidas (emissor do título, administrador, gestor, custodiante) e pesquisar nos documentos correspondentes (Regulamento do Fundo, Prospecto da Oferta Pública, etc.) qual o perfil de risco que você está assumindo.

Lembre-se também que, qualquer que seja o investimento escolhido, é preciso ter sempre em mente estas duas afirmações:

  1. Aplicações em valores mobiliários sempre têm risco de perda do capital investido.
  2. Se a quantia a ser investida é parte essencial do seu patrimônio, não arrisque.


1.5 - Como combinar objetivos e prazos na hora de escolher o melhor investimento?


Uma vez que você conheça seu perfil de risco e defina seus objetivos, poderá se informar sobre os investimentos disponíveis no mercado e verificar o mais adequado às suas necessidades. Vejamos alguns exemplos:

Viagem de férias - supondo que, neste exemplo, o valor aplicado tenha que ser resgatado em três meses. Neste caso, faz mais sentido escolher uma aplicação de curto prazo e baixo risco, pois, além do resgate ter que ser feito em breve, qualquer perda pode causar grande dano, uma vez que não há tempo suficiente para sua recuperação.

Compra de uma casa - neste caso, como provavelmente se trata de um montante alto e de um tempo de aplicação longo, é mais sensato escolher um investimento de longo prazo e valor alto, onde é provável obter maior rentabilidade com menor risco. Porém, é necessário cuidado redobrado, por um lado, devido ao montante aplicado ser significativo e, por outro, pelo fato da expectativa de resgate estar distante no tempo, o que faz com que seja necessário o constante acompanhamento da aplicação e sua permanente reavaliação para verificar a necessidade de mudança, caso o cenário que foi tomado por base para a aplicação mude.

Formação de poupança para utilização futura - neste exemplo, pelo fato do objetivo não estar claramente determinado (definindo quando e onde será utilizada a quantia investida), o mais indicado pode ser a diversificação das aplicações. Com essa estratégia, o investidor poderá escolher aplicações de diferentes riscos, rentabilidades e prazos, permitindo que tenha sempre quantias disponíveis para eventuais gastos, ao mesmo tempo em que maximiza seu lucro, além de poder compensar as perdas em uma aplicação com os ganhos em outra.

Por fim, lembre-se que, seja no curto ou longo prazo, seus investimentos se destinam a financiar seus planos para o futuro e, conseqüentemente, terão que ser modificados ou adaptados, à medida que tanto os planos quanto o contexto (político, econômico, etc.) forem mudando. Por isso, para ter certeza de que seus objetivos serão realmente atingidos, acompanhe sempre o desempenho de suas aplicações, procure manter-se permanentemente informado e, de tempos em tempos, reavalie suas decisões de investimento para ver se continuam coerentes em relação aos seus planos e ao ambiente que o cerca.


1.6 - Encontre o seu perfil de risco através de um simulador

Encontrei um link interessante que através de um conjunto de perguntas apresenta não só o seu perfil como também uma sugestão de investimento por diversos produtos:

http://montepio.pt/ePortal/v10/PT/jsp/activos/simPerfilRisco.jsp#

Atenção que é apenas um simulador e convém fazer uma auto-análise para perceber o nosso perfil e delinear o plano de investimento. 



2. Análise Fundamental (AF)

Este tipo de análise será a não abordada nas restantes aulas. Achei por bem apresentar apenas a análise, que do meu ponto de vista, é mais facil de aprender.

2.1 - Breve Introdução

Resumidamente, designa-se por Análise fundamental também conhecida apenas pela sigla AF, a avaliação de acções com recurso às previsões sobre o futuro da empresa e tendo por base uma série vasta de técnicas e indicadores.

Após essa avaliação chegamos a um Valor teórico para a acção e que nos permite concluir basicamente o seguinte:

  1. Se a cotação for superior ao valor teórico, a acção está sobreavaliada ou cara.
  2. Se a cotação for inferior ao valor teórico, a acção está subavaliada ou barata.
  3. Se a cotação for próxima do valor teórico, consideramos que está correcta.

A Análise fundamental difere da Análise técnica, a qual se baseia, essencialmente, em gráficos que representam o movimento histórico das cotações.


O objectivo da Análise Fundamental é determinar, em cada momento do tempo, qual o
valor intrínseco de cada empresa. Para tal, há que conhecer bem a empresa que se está
a tentar avaliar, para posteriormente se tentar quantificar o valor que consideramos justo.
Com base nessa avaliação e determinação do preço justo para cada empresa, concluise
se o preço de mercado está caro ou barato.

Documento sobre a análise fundamental com uma breve apresentação da mesma: 


3. Análise Técnica (AT)

Chegamos ao tema foco das nossa aulas em termos de análise. Vamos abordar a análise técnica enumerando os seus indicadores, caracteristicas, ponto positivos e pontos menos positivos.

3.1 - Introdução

Análise Técnica também conhecida como Análise Gráfica, é uma ferramenta utilizada por investidores profissionais (conhecidos como traders) ou amadores para o estudo de acções individuais e do mercado de renda variável (também conhecido como mercado de risco), com base na Oferta e Procura de ativos (acções).

Baseia-se na idéia de que os preços dos ativos se movem de acordo com padrões repetitivos e identificáveis.

A análise técnica (AT) registra em gráficos, as atividades de preços e volumes e deduzem de sua história gráfica as prováveis tendências dos preços de ativos. Por meio de ferramentas estatísticas denominadas indicadores técnicos é possível identificar pontos de possíveis reversões nessas tendências estabelecidas, facultando os investidores a antecipar-se aos movimentos de mercado.

A Análise Técnica foi fundamentada com a Teoria de Dow, que diz que os preços dos ativos refletem a reação do mercado em relação a todas as informações relevantes. Ou seja, o preço desconta tudo, tem tendência e os padrões se repetem.

Suporte e resistência, são um dos conceitos fundamentais da análise técnica. Admitindo-se que o mercado tem memória e grava preços, resistências seriam preços considerados "caros" para determinada ação. Nos gráficos, eles são percebidos quando em um trajetória ascendente a ação encontra dificuldades em continuar seu caminho. Já os suportes, são preços considerados "baratos" para determinadas ações; estes são observadas nos gráficos quando em trajetória descendente, a ações encontram dificuldades em continuar a trajetória de queda.

Os traders que se utilizam da análise gráfica buscam figuras de impulsão, tanto de queda quanto de alta, para aproveitarem o aumento ou queda dos preços de um determinado ativo devido a essa figura de impulsão. 

As figuraas mais conehcidas são o W, M, OCO ( ombro-cabeça-obro ), OCOI ( ombro-cabeça-obro invertido) e suas variações que pdoem ter vários nomes.

O tamanho das figuras de projeção permitem ao trader projetar a variação de preços, de alta ou de queda, dos ativos utilizando-se das proporções de ouro que foram estabelecidas por Leonardo Fibonacci.



3.2 - Casos de Sucesso

Quando todos começamos a investir nos mercados, procuramos livros, de pessoas que tiveram sucesso e que são agora as mais ricas do mundo, falo por exemplo de Warren Buffet ou Carlos Slim. O primeiro, segundo a Forbes ocupa o 3ºlugar na tabela dos mais ricos do mundo, mas não sei se isso se mantém, visto que Buffet doou toda a sua fortuna à fundação de Bill Gates. Já Carlos Slim, pode ter diminuído a sua riqueza agora com a queda dos mercados em 2008, algo que a Forbes não contabilizou, mas não acredito que ele deixe de ser o mais rico do mundo.

Warren Buffet e a Análise Técnica

O exemplo de perfeição que admirei quando entrei para a nova dimensão dos mercados bolsistas, foi Warren Buffet. 

Warren Buffet começou a sua vida de investidor baseando todos os seus negócios na Análise Técnica. O que é a Análise Técnica? Como se analisa uma empresa cotada na bolsa a partir da AT? Como é possível negociar com a AT?

A AT, é o estudo dos gráficos das cotações de uma dada acção. Baseia-se na teoria de que as cotações variam segundo determinados padrões que se repetem e que são identificáveis. Na AT usam-se indicadores que podem ser criados, para tentar perceber se um determinado stock possa estar em máximos, mínimos ou como pode vir a oscilar no futuro. Estocásticos, Médias Móveis, RSI, entre outros, são alguns dos indicadores que também funcionam muitas vezes combinados entre si (as fórmulas).

A análise via Análise Técnica pretende tentar perceber como os traders vão reagir a preços futuros e ao toque em valores de referência no passado, tenta perceber o que vai no psíquico de cada trader. O mercado não se interessa com o que nós pensamos, nós é que temos que procurar perceber como vai mover o mercado, como vão os outros reagir. É assim que um analista técnico observa a evolução dos mercados.

A AT começou a ter grandes avanços no final do século XX, devido à informatização dos sistemas que permitia a criação e geração automatizada de gráficos só com dados que se introduziam. Actualmente funciona tudo em tempo real. Podemos ter os gráficos ao segundo ou a cada negociação realizada. É simplesmente fantástico.

Warren Buffet e a Análise Fundamental (Este titulo encontra-se aqui para entender o enquadramento da alteração do tipo de investimento)

Mas antes os analistas técnicos eram troçados e ridicularizados. Tudo era à base do papel: Imagino o que era um trader a negociar num tempo de 10 minutos, a desenhar os gráficos e os indicadores…

Warren Buffet de imediato desistiu da AT, e procurou ler mais sobre a Análise Fundamental. O seu "professor" e mestre foi Benjamin Graham, mas Buffet investiu mais na diversificação. Tanto um como outro fizeram a sua fortuna baseada na Análise Fundamental.




Referênias:

Perfil de Risco
Análise Fundamental
  1. http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Análise_fundamental
  2.  http://www.activobank7.pt/Uplimg/44/Manual_Analise_Fundamental.pdf
Análise Técnica

Blog:
Todas as aulas encontram-se no site www.viverinvestindo.pt.vu
Convido-vos a comentar as aulas, a sugerir alterações  construtivas ou novos conteúdos.



 P.S. - O que pretendo com esta iniciativa é que as pessoas tenham um conhecimento básico do que é a bolsa, os seus conceitos básicos e as bases da análise técnica. Declino quaisquer responsabilidade em iniciativas próprias de investimentos. Sejam criticos em relação a tudo o que escrever e disser. Sejam elementos activos e não elementos passivos.



domingo, 18 de julho de 2010

Bolsa: Aula 3 - Acção, Índice Bolsista e Mecânica dos Mercados

Carissimos investidores.....

Nesta aula nr. 3 vamos abortar três conceitos que têm de estar sempre presentes na bolsa: acção e índice bolsista.
Por fim apresenta-se a mecânica dos mercados.


1 - Acção


Uma acção é um título financeiro que representa parte do capital de uma sociedade anónima, dando ao seu proprietário o direito de partilhar dos resultados dessa empresa e dando-lhe poderes para intervir no governo da sociedade (via o seu direito de voto).
O valor de uma acção vem dos resultados que a empresa gera e se espera que venha a gerar, mais o valor atribuído ao poder de influenciar o destino da empresa, via controlo da maioria dos direitos de voto.
As acções podem ser transaccionadas numa bolsa de valores em que estejam cotadas, ou ao balcão se não estiverem cotadas em bolsa.
Uma empresa necessita de diversos activos como, por exemplo, escritórios e computadores. Para pagar estes mesmos activos, a empresa precisa de dinheiro. Pode optar por pedir um empréstimo ou pode emitir valores mobiliários, como obrigações ou acções. Os investidores podem comprar estes valores mobiliários, injectando na empresa o capital necessário. A oferta de valores mobiliários é efectuada no chamado mercado primário.
Ao comprar uma acção, um investidor está, na verdade, a adquirir uma pequena parte da empresa ou, por outras palavras, passa a deter uma acção da empresa. Este accionista tem o direito de voto nas assembleias gerais de accionistas e a uma parte dos lucros da empresa, chamados dividendos. Apesar da acção detida representar uma parte da empresa, o accionista não pode ser responsabilizado pelas respectivas dívidas.
As acções são investimentos susceptíveis de serem negociados. A negociação de acções é efectuada no chamado mercado secundário.

             1.1 - Tipos de acção

=> Ordinária Nominativa (ON) - dá direito a voto em assembléia sobre definições da empresa.
=> Preferencial Nominativa (PN) - não dá direito a voto, mas preferência no recebimento de dividendos.

As empresas dividem seus lucros com os acionistas. Algumas fazem isso mensalmente, outras trimestralmente.
Os dividendos dados a quem tem ONs nem sempre são iguais aos dados a quem tem PNs.
Nesses casos, as preferenciais nominativas recebem valores maiores. Além disso, as PNs são vendidas e compradas com maior facilidade.
Porém, algumas empresas só disponibilizam ações ordinárias nominativas.


2 - Indice Bolsista

Os índices de bolsa correspondem a carteiras com determinada composição que procuram reflectir a evolução de um determinado mercado ou de parte desse mercado. Por exemplo, um índice geral de um mercado será equivalente a uma carteira onde se incluissem todos os títulos desse mercado. A evolução deste índice representa, deste modo, a evolução do mercado ou, como também se pode referir, a evolução da carteira do mercado.


    Outra Definição:

Os movimentos de uma bolsa de valores são captados através de índices de bolsa de valores.
Tais índices englobam o valor médio em moeda corrente de determinado grupo de ações, consideradas mais representativas no movimento total do mercado ou de empresas atuantes em determinados setores da economia.
Existem, pois, índices gerais e índices setoriais para cada Bolsa de valores. A variação do índice espelha a tendência da bolsa - de alta ou de baixa - em um determinado momento do pregão, ou ao final dele, comparando-se com o índice do dia anterior.
Os índices de ações servem como um termômetro para o mercado, pois as ações tendem seguir um movimento em grupo, desvalorizando-se ou valorizando-se conjuntamente, principalmente nos casos onde o índice sofre variações bruscas. Os índices geralmente englobam as ações mais negociadas no mercado a que se referem.
Cada bolsa de valores tem seus índices


3 - Lista dos principais indices mundiais e nacionais


Índice PSI 20
É constituído pelas vinte acções mais lÍquidas e representativas, negociadas no Mercado de Cotações Oficiais da Bolsa de Valores de Lisboa. A composição da carteira é revista semestralmente. Este índice não leva em conta o pagamento de dividendos no seu cálculo, pelo que a rendibilidade que apresenta corresponde apenas à evolução dos preços dos valores mobiliários. Este índice foi criado pela Bolsa de Derivados do Porto para servir como activo de suporte ( ou activo subjacente) na negociação de instrumentos derivados (futuros e opções)
Índice BVL 30
É constituído por 30 acções admitidas ao Mercado de Cotações Oficiais da Bolsa de Valores de Lisboa, consideradas as mais representativas em termos de liquidez e de capitalização bolsista e atendendo à dispersão do capital. A composição da carteira é revista no final de cada trimestre. Este índice inclui a rendibilidade total dos valores mobiliários, na medida em que considera os dividendos distribuídos por todas as acções que o integram.
Índice BVL Geral
É constituído por todas as acções admitidas ao Mercado de Cotações Oficiais da Bolsa de Valores de Lisboa que apresentem níveis de liquidez/dispersão considerados aceitáveis. Trata-se igualmente de um índice de rendibilidade total.
Índices BVL Sectoriais
São calculados decompondo a carteira do índice BVL Geral nos diversos sectores nos quais é classificada a actividade económica exercida pelas sociedades. Existem vários índices sectoriais, representativos dos diversos sectores de actividade com acções negociadas na Bolsa de Valores de Lisboa.
Média Dow Jones (Dow Jones Industrial Average)
É o índicador de acções mais antigo ainda em uso, medindo as performances dos mercado financeiro americano. As 30 acções incluídas actualmente no DOW são cotadas no NYSE (Bolsa de Nova Iorque), excepto a Microsoft e a Intel que são cotadas no Nasdaq. São títulos representativos das principais empresas americanas. No rigor dos princípios, o Dow Jones não é um índice, mas uma média de preços.
Índice SP 500
Este índice mede a performance global do mercado accionista americano através de 500 acções que representam as principais industrias.
Índices NASDAQ
São constituídos pelos títulos de empresas tecnológicas cotados no mercado electrónico Nasdaq. Existem vários índices Nasdaq que representam diversas carteiras teóricas de títulos (Nasdaq 100, Nasdaq Composit, Nasdaq swctoriais, etc.
Índice DAX 30
É constituído por 30 títulos representativas das principais empresas alemãs.
Índice FTSE 100
É constituído pelos 100 títulos representativos das empresas de maior capitalização bolsista na bolsa londrina.
Índice IBEX 35
É representativo dos 35 títulos mais transaccionadas na bolsa espanhola.
Índice CAC 40
É constituído por 40 títulos representativas das principais empresas francesas.

4 - A mecânica do mercado

A Bolsa é um mercado puro de oferta e procura. As pessoas querem comprar ao mais barato possível e vender ao mais caro possível. Os investidores mais sérios dizem que o mercado é um jogo segundo o qual se processa a passagem do dinheiro dos menos experientes para a mão dos mais experientes. Teoricamente, dado que envelhecemos e novas pessoas nascem, é de esperar que quem estuda sistematicamente o mercado de acções veja os seus concorrentes experientes a seguirem a lei da vida: a reformarem-se, a falecer, ou a procurar outros negócios, enquanto que novos e inexperientes jogadores começam a entrar. Com esta evolução natural, em determinada altura do nosso caminho estariamos em posição vantajosa para beneficiar do mercado.


Excerto do livro online: http://www.antoniorodrigues.net/index.php?oid=51


Para visualizar melhor o ambiente das bolsa, principalmente antes do aparecimentos e massificação dos sistemas de informação e Internet, aceder ao link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=Ftrcmm1y88Y&feature=player_embedded


Referências:


Um dos sites mais interessantes que conheço para rever conceitos e definições é www.thinkfn.com. É um site muito completo e com uma estrutura tudo idêntica a Wikipédia. Tenham sempre a mão este site porque concentra muita informação importante principalmente se se iniciarem na análise fundamental (tipo de análise a qual não será abordada nas aulas enviadas por email)

http://www.thinkfn.com/wikibolsa/P%C3%A1gina_principal
http://www.thinkfn.com/wikibolsa/PSI-20
http://www.millenniumbcp.pt/site/conteudos/40/406/40615/article.jhtml?articleID=1721
http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Ac%C3%A7%C3%A3o
http://www.euronext.com/editorial/wide/editorial-2284-PT.html
http://economia.uol.com.br/ultnot/2008/05/14/guia_bovespa_bolsa_valores_aplicar_acoes.jhtm





P.S. - O que pretendo com esta iniciativa é que as pessoas tenham um conhecimento básico do que é a bolsa, os seus conceitos básicos e as bases da análise técnica. Declino quaisquer responsabilidade em iniciativas próprias de investimentos. Sejam criticos em relação a tudo o que escrever e disser. Sejam elementos activos e não elementos passivos.

Bolsa: Aula 2 - Ferramentas, Referências e Plataformas de Negociação

Caros investidores..... :) 

Bem vindos a mais um email sobre o mundo da Bolsa.

Hoje apresentarei ferramentas, referências e plataformas de Negociação. Estes três tópicos ao invés de os apresentar no final ou durante as aulas vou faze-lo já hoje.
É frequente quando tiramos um curso nos "injectarem" imensos slides/acetatos e na ultima aula é que nos dão a possibilidade de mexer em alguma coisa interessante e por vezes pensamos para nós:
"Agora é que mostram isto?"

Vamos ver onde podemos começar já a mexer mesmo sem termos conhecimentos técnicos.  Sejamos curiosos e activos.

1 - Ferramentas

Na Internet existem inumeras páginas onde podemos encontrar gráficos das cotadas. Abaixo a lista de alguns sites onde podemos consultar gráficos interessantes.
Informo que para a correcta visualização correcta dos conteudos são necessários pelos menos os plug-ins de JAVA e FLASH.

Pro-Real Time [www.prorealtime.com]:

É uma plataforma de consulta, na sua versão gratuita, end off day. Permite apenas visualizar as cotações no final do dia mas é o quanto baste para milhoes de investidores que não fazem daytrading (compra e venda de acções durante um dia ou dois dias). 

É a plataforma que utilizo para consultar os indices (conceito que abordarei noutro tópico) e acções (o conceito de acção também será abordada posteriormente).
Permite traçar linhas e fazer alguns "rabiscos" que auxiliam a tomada de decisão. É também possivel criar listagens de acções e/ou indices entre outros produtos.
Tudo o que for feito num determinado gráfico ficará sempre guardado, basta para isso salvar ao sair do programa. O acesso está restrito a um login que terão de fazer. 

Após se logarem seleccionem a opção Launch Complete Workstation. Vai-vos ser solicitado o download de um ficheiro, aceitem e abram o respectivo ficheiro (atenção que têm de ter o JAVA instalado).
Em anexo um exemplo do aspecto da plataforma [ProRealTime - Imagem em anexo]

 Free Stocks Charts [http://www.freestockcharts.com/]

É uma plataforma completamente em FLASH. Tal como o ProRealTime permite traçar os "rabiscos" e criar listas proprias de acções (não experimentei adicionar outros "objectos" (indices, ETS,...)). Não o considero muito prático porém fica a referência.

Lamento mas não consegui tirar imagem para terem uma ideia.


Jornal de Negócios [www.negocios.pt] :

Utilização espontânea:
Exemplo: 
               Accção BPI 

Ao aceder a página seleccionar a secção Gráfico Interactivo [BPI.jpg  - Imagem em anexo] 


Google Finance [www.googlefinance.com]:

Utilização espontânea:

Accção: PTC - Portugal Telecom
[PT.jpg - Imagem em anexo]


2 - Referências

Quando criei curiosidade sobre o mundo da Bolsa li bastante e mantive alguns forúm e blogs como consulta diária/semanal.

Foruns:
     http://www.clubeinvest.com/bolsa/index.php    -- Neste forum existem topicos proprios para iniciantes com dicas e muitas referências.
     http://economico.sapo.pt/forumbolsa/             -- Forum do Jornal Económico
     http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewforum.php?f=3   -- Forum do Jornal de Negócios



Blogs:
     http://mercadofenicio.blogspot.com/  -- Dos melhores blogs portugueses que conheço.


Livros:

Ganhar em Bolsa,  de Fernando Braga de Matos
O melhor livro de Bolsa para iniciados  
                              Ganhar em Bolsa

Bolsa: Investir e Ganhar Mais, de Miguel Gomes Silva
Livro bastante mais facil de ler que o Ganhar em Bolsa que nos apresenta os conceitos básicos da bolsa.
                                                   Bolsa: Investir e Ganhar Mais


O Regresso da Economia da Depressão e a Crise Actual, de Paul Krugman (Prémio Nobel da Economia)
Um livro que deveria ser de leitura obrigatória. Apresenta a historia do dinheiro e conceitos tão importantes como moeda fiduciária, inflação, deflação.... Muito bom mesmo... 
O Regresso da Economia da Depressão e a Crise Actual


Existem inumeros livros bons porém apresento aqui os livros que considero terem de extrema importancia para mim. Estão todos em português.


3 - Plataformas de Negociação

Este tópico é apenas para vos apresentar as plataformas onde é possivel comprar e vender acções. 
Actualmente praticamente todos os bancos disponibilizam plataformas de negociação porém muita atenção para as comissões praticas.
Tipos de comissão mais importantes:
 - Comissão de Compra
 - Comissão de Venda
 - Comissão de Guarda de Titulos (na compramos titulos existem bancos que não aplicam esta comissão. Varia consoante o tipo de titulos.)


Ficam apenas os links:


Outras plataformas que encontrem podem enviar email.



Hoje ficamos por aqui. 
Na próxima email iniciaremos o estudo de conceitos importantes. Agora sim vai aquecer :D


P.S. - O que pretendo com esta iniciativa é que as pessoas tenham um conhecimento básico do que é a bolsa, os seus conceitos básicos e as bases da análise técnica. Declino quaisquer responsabilidade em iniciativas próprias de investimentos. Sejam criticos em relação a tudo o que escrever e disser. Sejam elementos activos e não elementos passivos.

Bolsa: Aula 1 - Introdução


Carrissimos investidores....

Tal como prometido cá estou para partilhar e fazer de tudo para que todos os que recebem este email iniciem a criação de conhecimento sobre mercados financeiros, mais propriamente bolsa.

Antes de começar vou dar alguns conselhos que são indispensáveis para quem é iniciado:
  1. A bolsa pode ser comparada em muitos pontos como um jogo, ainda que exista muitas pessoas que o considerem realmente, eu não. A máxima é: nunca devem começar um jogo sem antes ler com muita atenção as suas regras e eventualmente simular umas jogadas antes.
  2. Quando se inicia no mundo da Bolsa o capital (dinheiro) aplicado deve ser considerado a partida um "valor insignificante". Este termo utilizo-o porque em caso de perda total não nos deverá influenciar nem o estilo de vida nem outro quaisquer projecto pessoal.
  3. A bolsa exige muito estudo, muita aplicação e leituras e pesquisa em foruns principalmente na fase de aprendizagem. Disponibilizarei os for uns e bibliografas que considero mais importantes e pequenos videos que tempos a tempos são divulgados na net.
  4. A bolsa vai-nos ajudar a encontrar o quanto somos disciplinados. Sem disciplina o resultado será obviamente negativo. Ainda que existem alturas em que qualquer um possa ganhar algum capital, manter esses ganhos só para quem se disciplina, acima de tudo emocionalmente.

Como texto de iniciação vou apresentar um pequeno excerto do que é a bolsa.
A fonte pode se encontrada no link http://www.antoniorodrigues.net/. Como o objectivo é poder lançar as ferramentas e formas de captação do conhecimento o mais rapidamente possivel, quem estiver interessado pode começar já a ler no site algumas das coisas que serão abordadas nos próximos emails.


1    Parte I: Investir na Bolsa

 

1.1    Como funciona a Bolsa?

 

As grandes empresas querem obter financiamento para as suas actividades e aderem a uma forma de o conseguir que é emitir acções. Cada acção representa uma parcela minúscula do património da empresa. Diz-se que a empresa vai «dispersar» o capital em Bolsa, ou seja, recebe uma avultada quantia e, em troca, fornece títulos representativos do seu capital que são distribuídos pelas mãos de muitos investidores localizados por todo o mundo.

Cada Bolsa é um mercado, uma praça de comércio, que processa as ordens de compra e venda desses títulos: entre os compradores que querem acções de uma determinada empresa ao preço mais barato possível e os vendedores que se querem livrar delas ao preço mais alto possível. Quando existe compatibilidade entre uma ordem de compra e uma ordem de venda, dá-se a transacção: o vendedor recebe o dinheiro e a acção passa a ser propriedade do comprador. Tudo isto é automatizado e ocorre em poucos segundos - não precisa de se preocupar.

O investidor individual recorre à sua corretora para emitir ordens de compra e venda de acções. Uma corretora é uma instituição especializada em investimentos, onde se pode abrir uma conta como se faz num Banco normal.

 

 

1.2    É arriscado investir na Bolsa?

 

Investir na Bolsa é como estar na praia. Faz lembrar as ondas e as marés. O amanhecer, o meio-dia com o sol forte, o fim da tarde calmo e a noite escura e fria. Entrar na Bolsa é como entrar na água: se souber nadar e souber ler a maré, saberá a melhor hora do dia para nadar, quais são os melhores sítios, quanto tempo tem para se divertir e quando deve permanecer sentado na areia a contemplar o horizonte. Nos momentos verdadeiramente perigosos não precisa de estar no meio das ondas.

Embora possa não ter a ideia de entrar na água durante a maré alta, ainda assim pode beneficiar muito: Existem pessoas a ganhar em média 12%, 15% ou 20% ao ano na Bolsa, para não falar de investidores profissionais que por vezes atingem picos de 50% a 90% por ano nos mercados financeiros. Poderá conferir os resultados de Charles E. Kirk, em www.thekirkreport.com - um investidor profissional que faz do investimento individual uma profissão bem remunerada.

Se parece impossível, a verdade é que acontece. Também é verdade que estas pessoas não gostam de ser notadas. Algumas dão entrevistas a livros que abordam genericamente os seus métodos bilionários sem que nunca sejam realmente revelados, e fazem-no apenas por prestígio.

Os grandes investidores correm sempre um determinado grau de risco porque, ao contrário do que se pensa, além da sua capacidade analítica eles não têm informação privilegiada. Os nossos próprios descontos mensais para a Segurança Social, que consideramos geralmente algo de seguro e garantido, são investidos na Bolsa. A verdade é que existe sempre um grau de risco em tudo o que fazemos e tudo o que não fazemos. Trata-se depois de aprender a desenvolver estratégias de controlo do risco.

A segurança nasce de um processo de aprendizagem que nos dá as ferramentas para tomar o controlo das nossas finanças pessoais. No caso das acções, se soubermos avaliar correctamente as situações de risco e de oportunidade, caso a caso, então podemos escolher as melhores empresas para investir, a melhor altura para comprar, a melhor altura para vender e os períodos em que devemos estar fora do mercado.

 

1.3    Que tipo de formação é mais aconselhável?

 

A formação académica e o chamado quociente de inteligência nada tem a ver com a capacidade de ganhar dinheiro na Bolsa. As pessoas seguem percursos de vida completamente diversos antes de começarem a investir. Alguns dos maiores investidores tiveram passados profissionais tão inesperados como construtores de piscinas, como Daniel Zanger, ou cartoonistas como Stuart Walton.

1.4    Quanto tempo demora até se conseguirem resultados aceitáveis?

 

São necessários alguns anos de estudo até começar a ter bons resultados. Mas há uma diferença entre ter bons resultados e ter bons resultados consistentemente. Numa boa onda de mercado qualquer pessoa os consegue, para depois eventualmente perder os ganhos logo a seguir.

Assim, enquanto notar que não consegue ter um método sólido e fiável, é melhor continuar a experimentar e fazer estudos. Só existe realmente uma forma de aprender, e é aprender fazendo. Os resultados melhoram passo a passo, à medida que o tempo decorre.

 

1.5    A Bolsa é equiparável a um casino ou jogo?

 

Não. Quem diz que a Bolsa é um casino ou um jogo perigoso, na verdade está a dizer: «Eu sou ignorante, se eu entrar é só para perder dinheiro». A ideia piora se temos um amigo ou amiga que perdeu dinheiro na Bolsa. Mas isso acontece não porque a Bolsa é perigosa, mas porque os efeitos da nossa ignorância podem ser desastrosos. É como ir à praia: se souber nadar não é perigoso, caso contrário o seu amigo tem razão: é mesmo perigoso e pode afogar-se!

Apesar disso e com as devidas reservas, podemos dizer que aprender a investir na Bolsa é também aprender a avaliar probabilidades. Existem jogos como o «poker» que ajudam a compreender o funcionamento das probabilidades. O «poker» é um jogo que mistura sorte com inteligência. Ganhar ao «poker» é saber medir a probabilidade de êxito de cada possível decisão a cada momento, escolhendo a decisão que nos favorece mais. É também perceber como funcionam as decisões dos restantes jogadores. É na sequência dos ganhos e das perdas que, fazendo as contas, o jogo é ganho. É preciso aprender a ceder para eliminar a possibilidade de perdas e aprender a atacar ofensivamente para tomar lucros.

No casino as suas probabilidades são altamente desfavoráveis: é sabido que 75% do seu dinheiro fica na casa. Na Bolsa, as suas probabilidades são proporcionais ao seu conhecimento e à sua experiência. No casino existe um forte ambiente lúdico, de prazer, ostentação e consumo. Na Bolsa há trabalho, planeamento, execução e avaliação - é radicalmente diferente. Contrariamente ao que se passa num casino, a sorte é desnecessária na Bolsa porque o nosso conhecimento crescente faz com que a experiência tome o lugar da sorte. Mas cuidado, porque é a sua atitude que, em último grau, define se a Bolsa é um casino ou não.

Este livro é sobre «investimento» na Bolsa e não para «jogar na Bolsa». Uma pessoa investidora planeia, executa e avalia resultados, aprendendo com as falhas a gerir o risco, e tornando-se assim cada vez melhor à medida que o tempo passa. A sua atitude vale tudo: a Bolsa pode ser um jogo para si ou pode ser um plano calculado e executado com objectivos mensuráveis.

A Bolsa é um lugar óptimo para pessoas que demonstram humildade, que sejam pacientes, metódicas e com objectivos de longo prazo. A disciplina pessoal é o mais importante. É necessário ter um plano concreto de objectivos e regras claras de actuação.

Mesmo assim, se quiser comparar a Bolsa a um jogo de futebol, note que neste «jogo» você é mais do que um adepto ou assistente na bancada: é parte activa nele e será responsável por aquilo que corre bem e por aquilo que corre menos bem.

Quando investe, a sua atitude é muito importante. Faz as coisas friamente ou sente a adrenalina com cada situação do mercado? Tem reacções rápidas e impensadas ou pensa friamente e sabe esperar?

 

1.6    É difícil ganhar dinheiro na Bolsa?

 

Se em certas alturas até um perfeito ignorante consegue ganhar dinheiro na Bolsa, então você pode aprender facilmente a conhecer as fases do mercado em que isso é possível. Noutras alturas em que é difícil determinar a direcção do mercado, os investidores ficam fora para que não percam o que foi ganho.

Há acções a subir 50%, 80% e mesmo 200% ou 400% de valor no período de um ou dois anos. Da mesma forma, é possível ver as acções descerem 70% do seu valor. No caso da subida como na descida, as acções demoram tempo bastante até que isso aconteça. Na esmagadora maioria dos casos, só uma pessoa desleixada venderá com 20% de prejuízo!

Ao longo de um mês é frequente haver acções a subir ou descer 20%. Neste livro aprenderá a desenvolver regras simples para evitar perdas e aproveitar boas subidas.

Ao estudarmos o mercado de acções devemos prestar muita atenção às dificuldades que surgem. Sempre que aparecem dificuldades, o mais provável é existir falta de conhecimento ou experiência, o que pode também ser um aviso para avançar com cuidado. O investimento em acções deve ser natural, calmo e fácil. Qualquer dificuldade ou impulsividade pode ser um alerta negativo.





P.S. - O que pretendo com esta iniciativa é que as pessoas tenham um conhecimento básico do que é a bolsa, os seus conceitos básicos e as bases da análise técnica. Declino quaisquer responsabilidade em iniciativas próprias de investimentos. Sejam criticos em relação a tudo o que escrever e disser. Sejam elementos activos e não elementos passivos.

Se não pretenderem receber emails enviem-me um email a solicitar isso mesmo.

Bolsa.. tudo uma questão de iniciação.

Bom dia pessoal...

Após ter conversado com alguns de vocês percebi que havia algum interesse em perceber algumas coisas sobre bolsa.
Conceitos básicos, analise de gráficos, passos a tomar para se ser um pequeno investidor.

Com os meus conhecimentos, que reconheço serem minimos pretendo, a quem estiver interessado, mostrar o que é a bolsa e quais os conceitos básicos necessários para não se entrar de olhos fechados neste mundo tão complexo. 

Inicialmente vou enviar-vos um conjunto de documentos / artigos que são os mais básicos e de leitura obrigatória. 
Sem a sua leitura e assimilação é provável que não sejam compreendidos conceitos posteriores.

Enviarei uma série de emails que terão no cabeçalho o seguinte formato:  Bolsa - Aula «nr aula»: «assunto abordado»
Exemplo:
               Bolsa -  Aula 1: Regras básicas de iniciação

Caso conheçam alguém que também possa estar interessado seja em participar seja em receber os emails informem-me.


P.S. - O que pretendo com esta iniciativa é que as pessoas tenham um conhecimento básico do que é a bolsa, os seus conceitos básicos e as bases da análise técnica. Declino quaisquer responsabilidade em iniciativas próprias de investimentos. Sejam criticos em relação a tudo o que escrever e disser. Sejam elementos activos e não elementos passivos.

Se não pretenderem receber emails enviem-me um email a solicitar isso mesmo.


sábado, 20 de fevereiro de 2010

1º Mensagem 1º Experiência

Lisboa, dia 20 de Fevereiro 2010.

Andava a deambular já a algum tempo com a minha desorientação. Após algumas mudanças profissionais, nada a que não esteja habituado, decidi voltar a um dos assuntos/interesses que mais me cativam: investimentos em mercados financeiros. 

Considero-me um mero leigo na matéria, os conhecimentos são reduzidos mas já são uma boa base para me mexer neste meio e saber os termos mais usados e comuns. Já realizei algumas transacções, talvez não tão poucas quanto isso, tive das minhas experiencias mais marcantes da minha vida. Quem sabe o que falo sabe bem qual a sensação no momento de uma compra, e venda para registar um ganho ou uma perda...

Vamos ao que interessa... o que me levou a criar um blog: criar um metodologia e registar todos, ou praticamente todos, os meus movimentos neste mundo tão interessante que é o mundo financeiro. Vou apresentar aqui os meus objectivos de uma forma mais concreta e delinear um plano de investimento básico, não sabendo ainda qual o nivel de exposição que apresentar para com a internet... Dados ficticios ou reais, relatar pensamentos "profundos" ou apenas opiniões de ocasião...

Bem.... dei hoje inicio a uma nova etapa, que espero que seja longa e bem sucedida....  Venham dai....